quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Modernismo

O modernismo no Brasil


O modernismo se início em 1922,tendo como marco inicial a Semana de Arte Moderna.
Esse movimento tinha como intuito principal resgatar a e reavivar a cultura e as tradições nacionais.
Engajados nessa causa, muitos escritores, pintores, escultores, músicos, entre outros usaram toda a sua ousadia e agressividade em suas obras.
Inicialmente a semana de arte moderna não teve a repercussão esperada, todavia anos mais tarde esse movimento foi e, ainda é reconhecido como um dos movimentos mais significativos à nossa cultura e ao resgate de nossa identidade perdida em meio a tantas influencias externas.
Devida a apresentação diversificada de algumas características, o modernismo foi dividido em fases, que são elas:


Primeira Geração (1922-1930)
Caracteriza-se por ser uma tentativa de definir e marcar posições. Período rico em manifestos e revistas de vida efêmera.
Um mês depois da SAM, a política vive dois momentos importantes: eleições para Presidência da República e congresso (RJ) para fundação do Partido Comunista do Brasil. Ainda no campo da política, surge em 1926 o Partido Democrático que teve entre seus fundadores Mário de Andrade.
É a fase mais radical justamente em conseqüência da necessidade de definições e do rompimento de todas as estruturas do passado. Caráter anárquico e forte sentido destruidor.
Principais autores desta fase: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Antônio de Alcântara Machado, Menotti del Picchia, Cassiano Ricardo, Guilherme de Almeida e Plínio Salgado.
Características
- Busca do moderno, original e polêmico.
- Nacionalismo em suas múltiplas facetas.
- Volta às origens e valorização do índio verdadeiramente brasileiro.
- “Língua brasileira” - falada pelo povo nas ruas.
- Paródias - tentativa de repensar a história e a literatura brasileiras.
A postura nacionalista apresenta-se em duas vertentes:
- nacionalismo crítico, consciente, de denúncia da realidade, identificado politicamente com as esquerdas.
- nacionalismo ufanista, utópico, exagerado, identificado com as correntes de extrema direita.

Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924-1925)
Escrito por Oswald e publicado inicialmente no Correio da Manhã. Em 1925, é publicado como abertura do livro de poesias Pau-Brasil de Oswald. Apresenta uma proposta de literatura vinculada à realidade brasileira, a partir de uma redescoberta do Brasil.

Verde-Amarelismo (1926-1929)
É uma resposta ao nacionalismo do Pau-Brasil. Grupo formado por Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida e Cassiano Ricardo. Criticavam o “nacionalismo afrancesado” de Oswald. Sua proposta era de um nacionalismo primitivista, ufanista, identificado com o fascismo, evoluindo para o Integralismo de Plínio Salgado (década de 30). Idolatria do tupi e a anta é eleita símbolo nacional. Em maio de 1929, o grupo verde-amarelista publica o manifesto “Nhengaçu Verde-Amarelo — Manifesto do Verde-Amarelismo ou da Escola da Anta”.

Manifesto Regionalista de 1926
1925 e 1930 é um período marcado pela difusão do Modernismo pelos estados brasileiros. Nesse sentido, o Centro Regionalista do Nordeste (Recife) busca desenvolver o sentimento de unidade do Nordeste nos novos moldes modernistas. Propõem trabalhar em favor dos interesses da região, além de promover conferências, exposições de arte, congressos etc. Para tanto, editaram uma revista. Vale ressaltar que o regionalismo nordestino conta com Graciliano Ramos, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e João Cabral - na 2ª fase modernista.
Revista Antropofagia (1928-1929)
Contou com duas fases (dentições): a primeira com 10 números (1928 e 1929) direção Antônio Alcântara Machado e gerência de Raul Bopp; a segunda foi publicada semanalmente em 16 números no jornal Diário de São Paulo (1929) e seu “açougueiro” (secretário) era Geraldo Ferraz. É uma nova etapa do nacionalismo Pau-Brasil e resposta ao grupo Verde-amarelismo. A origem do nome movimento está na tela “Abaporu” (O que come) de Tarsila do Amaral.
1ª fase - inicia-se com o polêmico manifesto de Oswald e conta com Alcântara Machado, Mário de Andrade (2º número publicou um capítulo de Macunaíma), Carlos Drummond (3º número publicou a poesia “No meio do caminho”); além de desenhos de Tarsila, artigos em favor da língua tupi de Plínio Salgado e poesias de Guilherme de Almeida.
2ª fase - mais definida ideologicamente, com ruptura de Oswald e Mário de Andrade. Estão nessa segunda fase Oswald, Bopp, Geraldo Ferraz, Oswaldo Costa, Tarsila, Patrícia Galvão (Pagu). Os alvos das críticas (mordidas) são Mário de Andrade, Alcântara Machado, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Menotti del Picchia e Plínio Salgado.

Alguns Autores
Antônio de Alcântara Machado (1901-1935)
Cassiano Ricardo (1895-1974)
Guilherme de Almeida (1890-1969)
Manuel Bandeira (1886-1968)
Mário de Andrade (1893-1945)
Oswald de Andrade (1890-1953)
Plínio Salgado (1895-1975)
Raul Bopp (1898-1984)
Ronald de Carvalho (1893-1935)

Segunda Geração (1930-1945)
Estende-se de 1930 a 1945, sendo um período rico na produção poética e também na prosa. O universo temático se amplia e os artistas passam a preocupar-se mais com o destino dos homens, o estar-no-mundo.
“A segunda fase colheu os resultados da precedente, substituindo o caráter destruidor pela intenção construtiva, “pela recomposição de valores e configuração da nova ordem estética”. --Cassiano Ricardo
Durante algum certo tempo, a poesia das gerações de 22 e 30 conviveram. Não se trata, portanto, de uma sucessão brusca. A maioria dos poetas de 30 absorveria parte da experiência de 22: liberdade temática, gosto da expressão atualizada ou inventiva, verso livre, anti-academicismo.
A poesia prossegue a tarefa de purificação de meios e formas iniciada antes, ampliando a temática na direção da inquietação filosófica e religiosa, com Vinícius de Moraes, Jorge de Lima, Augusto Frederico Schmidt, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade, ao tempo em que a prosa alargava a sua área de interesse para incluir preocupações novas de ordem política, social e econômica, humana e espiritual. À piada sucedeu a gravidade de espírito, a seriedade da alma, propósitos e meios. Uma geração grave, preocupada com o destino do homem e com as dores do mundo, pelos quais se considerava responsável, deu à época uma atividade excepcional.
O humor quase piadístico de Drummond receberia influências de Mário e Oswald de Andrade. Vinícius, Cecília, Jorge de Lima e Murilo Mendes apresentam certo espiritualismo que vinha do livro de Mário "Há uma gota de Sangue em cada Poema" (1917).
A geração de 30 não precisou ser combativa como a de 22. Eles já encontraram uma linguagem poética modernista estruturada. Passaram então a aprimorá-la e extrair dela novas variações, numa maior estabilidade.
O Modernismo já estava dinamicamente incorporado às praticas literárias brasileiras, sendo assim os modernistas de 30 estão mais voltados ao drama do mundo e ao desconcerto do capitalismo.

Prosa
Romances caracterizados pela denúncia social, verdadeiro documento da realidade brasileira, atingindo elevado grau de tensão nas relações do eu com o mundo. Uma das principais características do romance brasileiro é o encontro do escritor com seu povo. Há uma busca do homem brasileiro nas diversas regiões, por isso o regionalismo ganha importância, com destaque às relações do personagem com o meio natural e social.
Os escritores nordestinos merecem destaque especial, por sua denúncia da realidade da região pouco conhecida nos grandes centros. O 1° romance nordestino foi "A Bagaceira" de José Américo de Almeida. Esses romances retratam o surgimento da realidade capitalista, a exploração das pessoas, movimentos migratórios, miséria, fome, seca etc.

Alguns Autores
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Cecília Meireles (1901-1964)
Érico Veríssimo (1905-1975)
Graciliano Ramos (1892-1953)
Jorge Amado (1912-2001)
José Lins do Rego (1901-1957)
Murilo Mendes (1901-1975)
Vinícius de Moraes (1913-1980)

Terceira Geração (1945-1978)
A literatura brasileira, assim como o cenário sócio-político, passa por transformações.
A prosa tanto no romance quanto nos contos busca uma literatura intimista, de sondagem psicológica, introspectiva, com destaque para Clarice Lispector. Ao mesmo tempo, o regionalismo adquire uma nova dimensão com Guimarães Rosa e sua recriação dos costumes e da fala sertaneja, penetrando fundo na psicologia do jagunço do Brasil central. Um traço característico comum a Clarice e Guimarães Rosa é a pesquisa da linguagem, por isso são chamados instrumentalistas. Enquanto Guimarães Rosa preocupa-se com a manutenção do enredo com o suspense, Clarice abandona quase que completamente a noção de trama e detém-se no registro de incidentes do cotidiano ou no mergulho para dentro dos personagens.
Na poesia, surge uma geração de poetas que se opõem às conquistas e inovações dos modernistas de 22. A nova proposta foi defendida, inicialmente, pela revista Orfeu (1947). Assim, negando a liberdade formal, as ironias, as sátiras e outras “brincadeiras” modernistas, os poetas de 45 buscam uma poesia mais “equilibrada e séria”. Os modelos voltam a ser os Parnasianos e Simbolistas. Principais autores (Ledo Ivo, Péricles Eugênio da Silva Ramos, Geir de Campos e Darcy Damasceno). No fim dos anos 40, surge um poeta singular, pois não está filiado esteticamente a nenhuma tendência: João Cabral de Melo Neto.
Alguns Autores
Clarice Lispector (1920-1977)
Domingos Carvalho da Silva
Ferreira Gullar (1930- )
João Cabral de Melo Neto (1920-1999)
João Guimarães Rosa (1908-1967)
Ledo Ivo (1924- )

Proposta e inspiração do Abajur

Para realizarmos o projeto do abajur, que foi um modo de resgatar um pouco da importância e influencia modernista , buscamos inspiração nas idealizações dos grandes nomes da época.Um desses nomes foi Tarsila do Amaral, que lutou com toda a bravura e determinação por esse movimento.O nosso abajur se chama Mosaico modernista e nele temos imagens das maiores obras modernistas sobre um abajur simples, preto , deixando somente a luz do modernismo transparecer pelas imagens.Esse era o intuito dos modernistas, a partir de suas idéias conscientizar e emanar a luz da inovação, tendo como base de criação as raízes da cultura nacional.

Aline Bastos 03, Dayani Alves 17, Mariana Acuno 23, Rafaela Silva 29 e Talita Vasconcelos 38.

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